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sexta-feira, 11 de março de 2011

Vida de gado - “A catástrofe na Região Serrana”


Mais uma vez, chuvas violentas atingem cidades do Rio. Entra ano e sai ano e tudo continua igual. Quem em sã consciência pode crer na dor de nossos governantes. Ainda, há o agravante de que todo ano, justamente nos meses de chuva, eles estão passeando fora do país. O pior é que centenas de pessoas morrem, e em todos os pleitos eleitorais nenhum político pauta a solução deste problema e a população não cobra isso. “Como posso perder todos meus bens, perder entes queridos; esposa, filhos e não me revoltar contra os verdadeiros culpados destas tragédias?” A combinação das chuvas torrenciais com a fragilização dos morros pela ocupação desordenada e o desmatamento são as causas da grande extensão da tragédia. A ocupação desordenada pela população pobre é inevitável, pois onde poderá morar uma família que ganha míseros R$ 540,00, valor máximo concedido pelos donos das riquezas da nação para o salário mínimo. Desde que foi divulgado o mais preocupante relatório sobre mudanças climáticas, há quatro anos, sabe-se que é preciso atentar para a radicalização de alguns fenômenos meteorológicos. A imprensa brasileira demorou a assumir como real a urgência climática. Tragédias como as da Região Serrana do Rio que assistimos, são uma forma brutal de a natureza impor sua pauta aos jornais. Em 2012 teremos mais temporais, ou até mesmo no decorrer de 2011, com muitas mortes e feridos, e as explicações serão as mesmas. As requentadas mentiras serão repetidas outras vezes pelas irresponsáveis autoridades. Em educação, saúde e renda, indicadores do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a nação vai mal e, no entanto, a esquerda que a direita gosta, afirma que o país melhorou, mas na hora do vamos ver é a vergonha de sempre. O número de vítimas, com certeza, é muito maior do que o registrado pelos governantes. Bastou, mais uma vez, a queda de chuvas fortes para se constatar a triste e velha realidade: O Brasil está doente.

Por José Santiago

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